terça-feira, 3 de abril de 2007

Meu Solzinho...

As fotos são da comemoração dos meus 50 anos, em 2006, fomos em um restaurante a caminho de Atibaia , na Fernão Dias, chamado: Procura-se uma Empada.
Olha a alegria da Valeria, para ela a "festa" era sempre dela.



Ela chegou quietinha, meiga, sem pedir nada, apesar de sua notável carência. E em pouco tempo se tornou nosso solzinho, iluminou a todos, trouxe calor à nossas vidas.


Ela era o sol e nós passamos a girar ao seu redor. Com jeitinho ela conseguia tudo o que queria.


Se existisse uma forma de personalizar a alegria, era a Valeria com certeza. Para ela não tinha dia ruim. Chuva? Há pessoas que não gostam, para ela era festa, assim podia pedir os bolinhos de chuva feitos pela vovó, que ela chamava de "Mã".


Quando viajavamos ela nunca queria ir, reclamava a viagem toda e nós íamos negociando, na hora de voltar para casa, a Valeria não queria voltar e vai lá negociar novamente, rsrsrsrsrs.


Amava as datas comemorativas, passava uma , ela já perguntava qual era a próxima; começava com as Férias de janeiro, Uberaba e Bertioga, depois vinha carnaval, outra viagem, aniversário da Ro em março, páscoa, para este ano ela já tinha escolhido um ovo deste tamanho e abria bem os braços, dia das mães... e assim ia até chegar natal e ano novo e começava tudo de novo.


Ontem fez um mês que nosso solzinho se apagou, ficou o calor das boas lembranças, suas histórias, suas tiradas geniais e muita mais muita saudade.


Viver sem ela está muito difícil, quase impossível, ir ao cemitério levar umas flores ameniza, mas é tão difícil sair de lá, eu nunca pensei que doesse tanto.


A Valeria teve que ir para UTI no dia que foi internada, dia em que morreu, e para que ela fosse do leito pra maca eu tive que negociar e foi a última vez que pude ouvir meu bebê.


Eu disse: - querida venha pra maca meu bem o médico está pedindo, ela respondeu: - não.


-Venha que vamos logo embora.


- Nois vamo embola, mamãe?


- Vamos logo querida.


- Pa casa não, né mamãe, pa casa não?


- Pra casa não meu bem, vamos passa no MCDonald.


Ela mais do que depressa foi para maca feliz da vida e foi a última vez que vi minha filhinha com vida.


Um mês sem ela... Como será agora?

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