sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Baleinha Azul




A primeira vez que levei a Valéria a praia foi fantástico, ela tinha 2 anos e 3 meses, fiz um biquíni e a levei ver a água, a princípio ela nem notou toda aquela água, mas sim, toda aquela areia.
Ficou como que hipnotizada diante daquela novidade, o problema é que ela queria comê-la, não podia distrair um pouco e sua boquinha ficava cheia de areia.
Aconteceu algo interessante, ela nunca tinha visto ninguém com as unhas do pé pintadas e parou diante dela duas moças e uma estava com as unhas vermelhas, ela engatinhou e agarrou os pés da moça, que é claro se assustou, expliquei sobre a pintura e pedi desculpas, bem agora além de vigiar para que ela não comesse a areia, tinha que vigiar para que ela não mexesse com as banhistas de unhas pintadas.
Logo ela tomou consciência da água e se tornou nosso peixinho que com o passar do tempo se tornou um golfinho, sereia e nossa baleinha azul.
Amava o mar e sempre muito vigiada, pois o que queria era ir para o fundo, não tinha medo e lógico, não tinha noção do perigo, mesmo as vezes rolando nas ondas e bebendo uns bons goles, rsrsrsrs.
Outro cuidado que sempre tive que ter é que ela era muito inocente tirava a parte de cima do maio para lavar-se da areia com aqueles melões não tão pequenos, era um problema, depois da fase de peixinho, tivemos que aderir o maiô, assim era mais fácil socorrer se ela fizesse striper.
Foram tantos casos em nossas férias na praia, as corridas atrás dela que ia disparada para as águas, só a pegavam porque ela começava a rir e ficava mole.
Fazer xixi na praia era constante, começava a rir por qualquer motivo e lá vinha o xixi.
Bem o número dois (2) pintou também acho que numas 4 férias, estávamos brincando na água e lá vinha um toronço boiando, perguntávamos – Valéria você fez? E vinha a resposta - “Fezo”, eu “fezo” coco! Morrendo de rir e lá vou eu pescar o indesejado e jogar em um lixo, mas para ela tudo era festa.
Íamos a praia bem cedo e ficávamos até as 10h depois só voltávamos as 16h, mal chegava ela já localizava o sorveteiro e já começava fazer guerra de areia, não tinha tempo ruim, sol ou chuva era pura diversão.
Várias vezes ela teve diarréia, mas sem problemas ela dizia para minha mãe – Mã, fazi solo (soro caseiro) tô com dialéia.
Valéria a menina mais feliz do planeta nossa Baleinha Azul.

2 comentários:

  1. Oi Shirley,
    Me lembro de quando a Valéria deixou este mundo, e silenciosamente chorei na tela do computador sem saber o que dizer para vc. Hj mais uma vez estou chorando. É muito emocionante vê-la aqui. Eu nunca vi vc ou ela pessoalmente, apenas virtualmente, mas, através de seu blog de crochê,aprendi a gostar das 2. Bjs

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  2. Oi amiga, deixei um selinho no meu blog pra ti.
    Bjs no coração
    Rosani

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